FoMO: quando a vida do outro parece mais interessante que a nossa
Sexta-feira à noite. Você decidiu ficar em casa porque a semana foi puxada e era necessário desacelerar. Afinal, é possível sair no sábado e no domingo ainda. Mas, ao checar as redes sociais e ver todos os seus amigos se divertindo, a angústia toma conta. Já ouviu falar em FoMO? Então se prepara, porque esse é o assunto de hoje.
Vivemos em um mundo em constante evolução. Quando nossos pais eram crianças, provavelmente nem imaginavam que uma vida tão conectada — como a que temos atualmente — era capaz de existir. E, com essas mudanças, o ser humano também começa a se deparar com novas realidades, o que nem sempre é fácil.
É por isso que vamos falar de FoMO, uma síndrome que vem ganhando destaque nos últimos anos. Confira o conteúdo que nós, da Pantys, preparamos com todo carinho para você <3
então, o que é FoMO?
FoMO: fear of missing out, em português “medo de ficar de fora” ou “medo de perder algo”. O termo foi definido por Andrew Przybylski e Patrick McGinnis, em 2004, e refere-se ao medo que as pessoas têm de que os outros tenham experiências que elas não possuem.
Ficou confusa? A gente simplifica: sabe quando chega o final de semana e ficamos checando o celular a todo momento para ver o que as pessoas estão fazendo? De repente, uma angústia surge porque aquelas pessoas podem estar aproveitando mais a vida ou tendo experiências que nós não temos… Pois é, agora você sabe o que é FoMO.
será que tenho FoMO?
Observar a vida do outro e comparar com a própria vida não é algo novo, aliás, tem até aquele ditado que diz: “a grama do vizinho é sempre mais verde”, né? No entanto, quando estamos nas redes sociais essa sensação se amplifica. Afinal, a vida mostrada ali tem recorte, tem edição e um belo olhar do diretor preocupado em mostrar o melhor ângulo.
É comum ter aquela invejinha de uma pessoa que está viajando toda hora enquanto estamos em uma rotina desgastante. Mas, quando isso se transforma em angústia e mal-estar, pode ser um sinal da síndrome de FoMO. E, amiga, vamos conversar de forma aberta: isso é coisa séria.
Pessoas que ficam muito tempo nas redes sociais acompanhando a vida de outras pessoas podem desenvolver a síndrome. Quando parece que a vida de todo mundo é mais interessante que a sua e isso te paralisa: é um sinal de alerta.
atenção aos sintomas
Para a nossa conversa ficar um pouco mais clara, separamos os sintomas de FoMO. Entretanto, o diagnóstico só pode ser dado por uma psicóloga. Por isso, se você perceber que se encaixa nesses comportamentos, é uma boa ideia procurar uma profissional para investigar isso melhor.
Confira alguns sintomas:
- Uso excessivo das redes sociais: você checa as redes sociais com frequência? Atualiza o seu feed constantemente?;
- Aceitar todos os convites para festas e eventos, afinal, você não pode ficar de fora de nada;
- Não consegue viver o momento presente. Mesmo que esteja em um evento, está olhando o feed para saber o que os outros estão fazendo e se questiona se escolheu o melhor lugar para se divertir;
- Usa o celular com frequência, inclusive durante refeições, enquanto dirige ou está em horário de trabalho,
- Percebe um sentimento de inferioridade ao comparar a sua vida à de outras pessoas nas redes.
Portanto, FoMO não é apenas achar que a vida do outro é melhor que a sua. Sentir-se inferior e inadequada com frequência, tentar cumprir uma agenda desgastante de eventos apenas para falar que não estava em casa e ter a angústia como sentimento constante são alguns sinais que merecem a sua atenção.
e agora? como evitar?
Bom, se você se identificou com esses sintomas, pode ser uma boa ideia conversar com uma psicóloga. Muito se fala sobre redes sociais e ansiedade e, no caso de FoMO, a síndrome também pode levar a casos sérios de depressão. Por isso, o assunto não é frescura ou coisa da geração millennial, é questão de saúde.
Além de se consultar com uma profissional, algumas dicas práticas podem ajudar. Mas, primeiro, vamos fazer um combinado: promete que vai deixar de olhar para o outro e focar em si mesma? Assim, você consegue descobrir informações importantes e valiosas. Agora, vamos às dicas:
- Monitore a si mesma em relação ao tempo que gasta nas redes sociais. Alguns aplicativos computam a quantidade de horas que você ficou no smartphone. Algumas redes sociais, como o Instagram, mostram quanto tempo você ficou no app ao longo do dia;
- Tente se desconectar. É possível viver uma vida feliz fora das redes e sem fazer um post sobre isso. Esse tópico está diretamente ligado ao anterior: diminua as horas on-line e foque em si mesma, aproveite o presente com as pessoas que estão ao seu redor;
- Pode parecer besteira, mas tente não se comparar com os outros. Cada um tem uma vida, uma realidade e uma história. E cada pessoa escolhe um recorte para mostrar nas redes sociais. Portanto, foque em você, nas suas necessidades, nas suas metas. A vida dos outros não deve paralisar a sua,
- Para finalizar: que tal praticar meditação? Os benefícios são comprovados pela ciência e é uma ótima maneira de fazer o exercício de focar no presente. Conecte-se consigo mesma, sinta sua respiração entrar e sair, sinta o ritmo do seu corpo e desacelere.
A gente sabe que a conversa de hoje foi um pouquinho pesada, mas seguimos juntas nessa jornada de autoconhecimento, é sempre o melhor caminho <3
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