vamos cuidar dos nossos corações?

“Tô na correria”. Amiga, já reparou o quanto a gente anda ansiosa? E, como a maioria das pessoas ao nosso redor está assim? Será que estamos normalizando uma situação que nos faz tão mal? Hoje nossa proposta é dar atenção a esse assunto tão importante, que nada mais é que um estado que nos faz correr sem parar, sem nem saber direito pra onde e nem porquê.

Segundo um estudo feito por pesquisadores da FMU (Faculdade de Medicina da USP), a região metropolitana de São Paulo tem índices de depressão e transtornos de ansiedade semelhantes ao de áreas de guerra, como o Líbano e a Síria, os dados de 2014 mostraram que 19,9% da população sofre de algum transtorno de ansiedade. Vamos entender melhor sobre a nossa saúde mental e descobrir o que está acontecendo?

Ansiedade vem do latim ANXIETAS, que significa “perturbado, carente, pouco à vontade”. Achamos essa definição excelente porque estamos acostumadas a relacionar esse sentimento só a uma “pressa constante”, quando na verdade ele tem consequências também para o nosso coração, sobre como nos sentimos, e sim: ansiedade tem a ver com sentir desconforto e sentir carência, pois estamos sempre precisando de alguma coisa, correndo, sem tempo ou paciência para receber atenção, amor, carinho. E para aonde estamos correndo? Será que nós sabemos? Precisamos pensar sobre isso, não com um tom de cobrança (que só agravaria tudo), mas para parar e olhar para a nossa vida e nossas escolhas. É natural que tenhamos que tirar esse tempo para falar sobre esse assunto pois são muitas informações e novidades que estamos vivendo, por isso é essencial parar e pensar se estamos escolhendo nosso caminho.

Outra raiz da palavra ansiedade vem do latim ANGUERE que é “apertar, sufocar”, o que traduz muito bem o que se passa no nosso corpo ansioso: a falta de ar. Nosso corpo nos dá sinais e nos chama a olhar para ele. Você já sentiu falta de ar, tontura ou como se tudo estivesse rodando e você tivesse tantas coisas a fazer que não conseguia fazer nada? Ou então tinha tantos compromissos que escolheu ir dormir por não conseguir lidar? Pois é, infelizmente, esses são sintomas comuns a maioria de nós, uma sensação de que “não vamos dar conta” constante que nos tira do chão e gera medo, medo de sofrer por falhar em alguma coisa (ou melhor, em todas).

Mas precisamos cuidar da gente mesma e aprender, aos poucos, a diminuir nosso ritmo. Ansiedade é quando vivemos o tempo todo no futuro e o resultado disso é que tudo vira motivo para preocupação. Não é possível viver uma vida em que tudo é urgente, nosso corpo e nossa mente não funcionam assim - e seria até bom dizer: ainda bem. Acabamos nos sentindo tão exaustas que chegamos até a comemorar quando uma amiga desmarca um encontro, porque nossa cabeça está tão cansada que até um momento de prazer vira uma “tarefa”. Um loucura, não é mesmo? Quando percebemos, a semana, o mês e até o ano já passou e nós mal conseguimos enxergar o que fizemos nesse tempo. A nova era que queremos construir pede mais calma e mais alma e, é olhando para nós e assumindo que precisamos mudar que conseguiremos fazer isso.

Parece que é tanta informação que a gente mal consegue absorver tudo que se passa em um único dia e muito disso se deve ao uso que fazemos da tecnologia. Quantas vezes por dia você checa o seu celular? Já pensou nisso? Estamos completamente viciados em redes sociais e, ao mesmo tempo que não temos tempo para nada, gastamos horas por lá. É um universo ainda muito novo e que nos faz ficar ainda mais ansiosos, precisamos nos reeducar com o uso das tecnologias para usar ela para melhorar nossas vidas e não o contrário.

Coração acelerado, boca seca, frio na barriga, esses são alguns sintomas que vêm desde os nossos ancestrais e eles são muito importantes para quando estamos em perigo ou diante de alguma coisa muito importante, mas o que vem acontecendo é que nos sentimos assim quase o tempo todo e esse “estado de alerta” consome todas as nossas energias, pois é a mesma coisa de estarmos sempre preparados para um grande acontecimento que vai exigir tudo de nós.

A questão é que isso sobrecarrega nosso corpo e nossa mente, devíamos sentir essa preocupação só em momentos pontuais e não a toda hora, isso abaixa nossa imunidade e nos deixa sonolentos e extremamente cansadas, fora as complicações emocionais. As consequências dessa forma de viver é muito maior do que podemos pensar, ficamos irritadas, tudo parece mais difícil e sem solução, o que leva muita gente à outra doença que é a depressão. Então temos que tratar esse assunto com a maior seriedade e atenção sim, pois estamos falando do nosso bem estar no mundo, é através desse mesmo corpo que sentimos e somos ou não capazes de realizar o que queremos. Nós merecemos viver com mais energia, mais alegria e mais felicidade.

O primeiro passo é observar e assumir esse estado de ansiedade generalizada, ter consciência de que não é bom viver assim e muito menos que isso é “normal”. Vamos adicionar algumas doses de desaceleramento no nosso dia? Parar e respirar bem fundo, olhando ao redor, lembrando de quem nós somos e onde estamos, já é um grande passo. Quando sentir um desespero durante o dia, levante e beba uma água, vá para uma área externa e só observe e sinta o dia, garantimos que essas pausas programadas não serão perda de tempo, muito pelo contrário, o corpo e a mente vão agradecer esses minutos de paz e responder muito melhor em produtividade e também leveza.

Este foi o primeiro texto desta série, com o objetivo de nos ajudar a enxergar como estamos. Na semana que vem, vamos trazer algumas práticas que nos auxiliam a viver uma vida com mais sentido, direção e calma, ou seja, uma vida mais feliz e conectadas com a gente mesma. Porque a gente merece e coletivamente somos mais fortes para mudar esse ritmo e direcionarmos nossa caminhada para uma vida mais consciente e em harmonia com a gente mesma, com os outros e com a nossa mãe natureza.


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