anticoncepcional pós-parto: e agora, qual é a melhor opção?
Muito se fala a respeito dos cuidados durante a gravidez e os primeiros meses após o nascimento do bebê. Mas e as mães? Quais precauções elas devem tomar, incluindo o anticoncepcional pós-parto?
Afinal de contas, será que o anticoncepcional pós-parto pode prejudicar o bebê? Qual é o contraceptivo mais indicado? Quando voltar a consumi-lo? Essas são apenas algumas das várias dúvidas de nossas amigas-mães, por isso, nós fomos entender melhor o assunto e te explicamos tudinho abaixo. Vem saber mais! <3
Quando o assunto é anticoncepcional pós-parto, as mamães que amamentam devem evitar as pílulas anticoncepcionais combinadas, ou seja, aquelas que possuem estrógeno e progesterona (são as mais comuns e amplamente usadas pelas mulheres no mundo todo). Isso porque o estrógeno pode afetar tanto a produção (diminuindo-a) quanto a qualidade do leite e, consequentemente, a saúde do bebê.
Vamos a outra pergunta pontual: quando tomar anticoncepcional pós-parto? Geralmente, o recomendado é que a mulher espere o fim do período de resguardo (40 dias após o parto) para voltar a ter relações sexuais e, portanto, para voltar a precisar usar qualquer tipo de anticoncepcional (hormonal ou não).
Essa recomendação é fundamental porque os contraceptivos hormonais aumentam os riscos de formação de coágulos nas pernas e de tromboembolismo venoso — problemas que têm mais riscos de acontecer durante uma gestação e até seis meses após o parto.
indicação de métodos contraceptivos para as mamães que amamentam
Diversas são as opções de métodos contraceptivos pós-parto. Para fazer a melhor escolha, é importante entender qual tipo pode ser mais confortável de acordo com suas preferências, além de se atentar aos cuidados necessários para não comprometer a saúde do seu bebê.
DIUs
Os DIUs de barreira, que são o de cobre e o de prata, criam uma espécie de inflamação no endométrio, a camada interna do útero, dificultando, assim, a formação de uma nova gravidez. Duram por 10 anos e durante seu uso a mulher segue menstruação normalmente.
Já os DIUs hormonais (Mirena ou Kyleena) liberam diariamente uma quantidade de Levonorgestrel, um tipo de progestagênio que, além de provocar um processo de inflamação no endométrio, torna o muco cervical mais espesso, evitando a fecundação. Duram por 5 anos e durante seu uso a mulher tem menstruação em mínima quantidade ou muitas vezes fica sem menstruação.
Lembrando que nenhum dos dois tipos impede a ovulação e ambos apresentam eficácia muito próxima à da laqueadura.
pílulas de progestógeno
As pílulas anticoncepcionais de progestógeno, também conhecidas como mini pílulas, possuem baixas quantidades de hormônios e podem ser tomadas pelas mamães lactantes, já que não oferecem risco à qualidade e produção do leite.
Durante seu uso é comum que a mulher fique sem menstruação, principalmente se estiver amamentando. Deve ser tomada todos os dias no mesmo horário e não se faz pausa entre uma cartela e outra. Ela age impedindo a ovulação.
implante
Feito à base de progesterona, o implante é um pequeno bastão inserido no braço, logo abaixo da pele e dura aproximadamente três anos. Ele tem cerca de 99% de eficácia e pode ser uma boa opção de anticoncepcional pós-parto, principalmente para as mães mais distraídas, que podem acabar esquecendo de tomar a pílula todos os dias.
Ele também age impedindo a ovulação e pode deixar com mínimo sangramento menstrual ou totalmente sem menstruação.
injeção trimestral
Também feita à base de progesterona, também pode deixar a usuária com pouca ou nenhuma menstruação. Tem a vantagem de ser fornecida pelo SUS, além de também ser altamente eficaz.
indicação de métodos contraceptivos para as mamães que não amamentam
Além das opções acima, as mães não lactantes têm diversas outras opções de métodos contraceptivos pós-parto, já que podem apostar nos anticoncepcionais que possuem progesterona e estrogênio.
injeção mensal
Criada à base de progesterona e estrogênio, a injeção anticoncepcional pós-parto conta com dose indicada para um mês de contracepção e possui entre 97% e 98% de eficácia.
anel vaginal
O anel vaginal contém progesterona e estrogênio, e pode ser inserido pela própria pessoa, na vagina. Esse tipo de contraceptivo pode ser usado por três semanas e retirado por sete dias para o período menstrual, mas também é possível fazer uso contínuo.
Ah, vale ressaltar que ele não causa incômodo durante a relação sexual com penetração. Por isso, caso você sinta algo meio chatinho ou desconfortável, é válido buscar a ajuda de um ginecologista para entender o que pode estar dando errado no momento da inserção.
adesivo
O adesivo anticoncepcional também é um combinado de progesterona e estrogênio, e tem durabilidade de uma semana. Sendo assim, é preciso colar um novo a cada sete dias e, após 21 dias, fica-se uma semana sem o medicamento. Essa opção tem cerca de 97% de eficácia e pode ser uma boa saída para quem tem reações gastrintestinais à pílula tradicional.
pílula combinada
A pílula combinada é aquela que possui progesterona e estrogênio, por isso, deve ser tomada apenas pelas mães não lactantes. Assim como qualquer outra pílula anticoncepcional, ela deve ser ingerida diariamente durante um período de 21 dias e pausada por uma semana para o fluxo menstrual. No entanto, há quem prefira fazer uso contínuo e não menstruar.
converse com o seu médico
E agora, qual é o melhor anticoncepcional pós-parto? Essa resposta é com você, amiga-mãe! Mas calma… você não precisa e nem deve resolver sozinha, combinado? O ideal é bater um papo com o seu ginecologista de confiança até encontrar o tipo que melhor atende às suas necessidades. Se cuida e até a próxima <3
conteúdo revisado pela ginecologista:
Dra. Tamara Pinto O. Bernardo, CRM-SP: 150-377
instagram: @dra.tamara.bernardo
o nosso portal menstrual é totalmente focado em fins educacionais e não se destina à tomada de decisões médicas. qualquer dúvida específica sobre sua saúde, entre em contato com seu ginecologista ou médico para maiores esclarecimentos, ok?
deixe um comentário