plantar a lua: vamos entender o que é? <3
Ressignificar e se conectar com o seu período menstrual é importante para passar por ele com mais conforto e bem-estar, tanto físico como emocional. E diversas são as maneiras de alcançar esse vínculo consigo mesma, sendo o ato de plantar a lua uma delas.
Embora o ritual plantar a lua esteja se difundido cada vez mais em hashtags e publicações nas redes sociais, ele ainda é motivo de muitas dúvidas, tabu e nojo para diversas pessoas.
Por isso, hoje o nosso papo é sobre plantar a lua. Afinal, que ritual é esse? Como surgiu? Como fazê-lo e quais são os benefícios? Nós, da pantys, preparamos um conteúdo para você sobre o assunto. Vamos conferir juntas? Embarque conosco em mais uma viagem rumo ao autoconhecimento <3
o que é plantar a lua?
Para entender bem direitinho tudo sobre esse assunto, que tem gerado polêmica na internet, vamos começar respondendo uma pergunta-chave: afinal, o que é plantar a lua?
Basicamente, plantar a lua é recolher o seu sangue menstrual, diluí-lo em água e depositá-lo na natureza, que pode ser na raiz de alguma plantinha que você tem aí na sua casa.
Esse é o modo mais básico de fazer o ritual, mas, na verdade, você pode desenvolver seu próprio ritual. Há meninas que fazem ao final de cada dia do fluxo menstrual, há outras que preferem fazer somente quando a menstruação acaba. Tem gente que começa o ato com uma meditação e só depois despeja o sangue na terra.
A verdade é que plantar a sua lua é algo muito pessoal. Não à toa, esse ato está ligado ao despertar da conexão consigo mesma e, claro, com a natureza. Para compreender melhor, vamos dar uma pulinho no passado e entender a origem do costume de plantar lua com sangue menstrual.
uma viagem ao passado: quando o ritual surgiu?
A origem do ritual possui teorias diferentes. Alguns registros apontam que o costume já era uma realidade na era paleolítica, ou seja, ainda no tempo das cavernas, o que leva a concluir que o fluido saía do corpo e ia diretamente para a terra, sem passar por diluição.
Outras teorias apontam que plantar a lua começou com como um ritual praticado por mulheres indígenas, em tribos da América do Norte e em países como México e Peru.
Mesmo que a origem de plantar a lua ainda não seja conclusiva, entende-se que o ato é importante para a mulher estar conectada consigo mesma, aumentando seu poder intuitivo, bem como à natureza. O fato de “devolver” o sangue à terra pode ser traduzido para uma forma de agradecimento pelo fim de mais um ciclo.
Além da conexão com o divino interior e com a terra, o ato também se configura como uma das maneiras de quebrar estereótipos acerca do sangue menstrual, que muitas vezes é encarado como sujo e nojento. Por isso, é mais uma forma de ressignificar o seu ciclo e fazer as pazes com as fases do seu corpo, afinal, somos seres cíclicos.
como plantar sua lua?
Tanto aqui no Brasil como no Chile, a prática de como plantar a lua tem sido difundida por meio de estudos da Ginecologia Natural, que defende o autoconhecimento como um importante processo de cura, além de tratamentos alternativos para a saúde da mulher.
Como dito mais acima, o ato é pessoal e é preciso descobrir, pouco a pouco, o que de fato faz sentido para você. Para entender melhor as diversas maneiras de fazer o ritual, vamos te dar alguns exemplos de prática.
diluição na água
Uma das maneiras mais comuns de plantar a lua é diluir o seu fluxo menstrual na água e, em seguida, despejar sobre as raízes de plantas. Sabe quando você coloca sua calcinha pantys de molho para depois lavá-la? É exatamente esse líquido que pode ser derramado sobre a natureza.
corpo e natureza
Antes de fazer a diluição na água e despejá-lo na terra, há mulheres que passam um pouco do fluxo menstrual no corpo, tanto no rosto como na região do colo e do peito.
ritual conjunto
O ato também tem movimentado pouco a pouco os espaços públicos. Ou seja, o ritual pode ser feito em conjunto com outras mulheres onde haja a presença da natureza.
No ano passado, no Dia Mundial “Plante a Sua Lua” (cunhado para ser comemorado em 5 de agosto), um grupo de mulheres se reuniu em uma praça na cidade de Belo Horizonte para realizar o ritual juntas.
No entanto, vale ressaltar que, apesar de poder ser realizado em grupo, a exposição direta ao sangue de outras mulheres carrega o risco de contágio por algumas doenças virais e deve, portanto, ser evitado. Ou seja, não se deve passar no corpo o sangue de outra pessoa, combinado?
você de bem com o seu ciclo e mais conectada à natureza
Seja para se conectar consigo mesma, fazer as pazes com o seu período menstrual (que ainda pode ser sinônimo de incômodo para muitas mulheres) ou para mostrar gratidão à natureza, o fato é que o ritual tem que fazer sentido para você, amiga!
Dessa maneira, se sentir vontade, vale ir testando até encontrar um modo com o qual você enxergue os benefícios dessa prática ancestral. No mais, o importante é sempre buscar o caminho do autoconhecimento, ressignificar o seu ciclo e buscar sempre quebrar os tabus que cercam os nossos corpos, afinal, eles são únicos e sagrados.
conteúdo revisado pela ginecologista:
Dra. Daniele Miguel, CRM: 5299115-5
instagram: @dradanimiguel
o nosso portal menstrual é totalmente focado em fins educacionais e não se destina à tomada de decisões médicas. qualquer dúvida específica sobre sua saúde, entre em contato com seu ginecologista ou médico para maiores esclarecimentos, ok?
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