IST ou DST? saiba qual é a nomenclatura correta
Afinal de contas, o correto é IST ou DST? Você já deve ter lido a sigla IST (infecções sexualmente transmissíveis) em algum lugar e provavelmente ficou com dúvidas a respeito da nomenclatura.
Ela surgiu para substituir a sigla DST (doença sexualmente transmissível), mas por quê? Pensando nisso, nós, aqui da pantys, fomos descobrir a razão da mudança. Quer entender também? Então, vem com a gente ;)
DST substituída por IST: vem entender por quê
A diferença entre IST e DST começou a ser discutida por uma razão de denominação. É basicamente o seguinte: a letra “D” na sigla DST refere-se à palavra “doenças”, que está diretamente ligada a uma condição médica que gera sintomas no organismo da pessoa afetada.
Já a letra “I” da sigla IST refere-se a “infecções”, que podem ser assintomáticas ou não, como é a sífilis e a herpes genital, por exemplo, que antes eram consideradas DSTs. Ou seja, entende-se que IST faz mais sentido para chamar essas complicações de saúde, já que muitas pessoas podem transmiti-las sem apresentar sintomas.
Dessa maneira, o Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das hepatites virais adotou a nomenclatura IST substituindo a DST. A nova sigla passou a ser usada em 2016 e foi publicada no Diário Oficial da União em novembro do mesmo ano.
mas, afinal, o que é uma IST e quem pode pegá-la?
Além de saber se o correto é IST ou DST, vale entender também o que é IST. As infecções sexualmente transmissíveis são provocadas por um vírus, bactéria ou protozoário e geralmente são transmitidas por meio do contato sexual com uma pessoa infectada sem a utilização da camisinha — seja ela masculina ou feminina.
Também é importante ressaltar que algumas ISTs podem ser transmitidas de mãe para filho durante a gestação, o parto ou a amamentação. Abaixo, separamos uma listinha com as ISTs mais conhecidas, olha só:
- Herpes genital;
- Sífilis;
- Hepatite B;
- Vírus do Papiloma Humano (HPV);
- Tricomoníase;
- Infecção pelo HIV;
- Gonorreia,
- Clamídia.
A ginecologista Thamyse Dassie ainda ressalta que “há uma outra forma de transmissão, que é pelo contato de áreas de pele não íntegra ou mucosas com secreções contaminadas, além do compartilhamento de agulhas.”
IST: quem pode ter, como identificar e prevenir
Independentemente da sigla, se é IST ou DST, é importante ressaltar que qualquer pessoa sexualmente ativa, seja ela homem ou mulher de diferentes faixas etárias, pode adquirir uma infecção sexualmente transmissível. Identificá-la pode não ser a tarefa mais fácil, uma vez que os sinais podem variar ou nem existirem por um período de tempo.
Entretanto, caso você observe algum machucadinho ou verruga na região da vagina ou do ânus, é fundamental buscar a ajuda do seu ginecologista de confiança. Além disso, o corrimento que adquire cor e cheiro estranhos, além da dor na hora do sexo, são outros fatores que também levantam suspeitas.
É importante reforçar que estamos falando de complicações médicas que podem ser assintomáticas. Por isso, é fundamental realizar consultas e exames ginecológicos com a frequência indicada pelo seu médico. E, caso você tenha se colocado em uma situação de risco e desconfia que possa ter pegado algo, também vale buscar ajuda profissional.
Com relação à prevenção de IST, não há muito segredo. O ideal é sempre usar camisinha durante o contato íntimo, que é o único método contraceptivo que também evita a transmissão de infecções sexualmente transmissíveis.
IST: tratamento e como conviver
As ISTs causadas por uma bactéria podem ser curadas com o uso de antibiótico pelo período de tempo indicado pelo seu médico. Já as ISTs virais não têm cura definitiva, mas é possível apostar em alguns tratamentos para controlar a infecção e aliviar os sintomas, como a retirada de verrugas ou o consumo de alguns remédios, por exemplo, um fator que pode contribuir com a qualidade de vida.
Além de procurar os possíveis tratamentos, pessoas que têm IST devem manter um estilo de vida saudável para fortalecer o sistema imunológico, que pode ficar comprometido pela infecção. Sendo assim, vale ficar atento
- Evitar o abuso de álcool;
- Apostar em uma dieta balanceada;
- Manter uma rotina de exercícios físicos;
- Tomar todas as vacinas indicadas no tempo certo,
- Se necessário, procurar ajuda psicológica, uma vez que se trata de uma complicação que ainda instiga preconceitos.
No mais, é importante ter em mente que, ao seguir todas as indicações profissionais, é possível viver bem e com qualidade de vida. E isso inclui também a possibilidade de ter relações sexuais sem transmitir a infecção ao parceiro. Só não se esqueça: o uso da camisinha é importante em qualquer tipo de contato sexual, seja oral, vaginal ou anal.
Ah, quanto ao uso da camisinha, vale ressaltar que o ideal é usá-la seeempre, com ou sem uma infecção sexualmente transmissível, ok? Bom, e agora que você já conhece a diferença entre IST ou DST, além das formas de prevenção, continue se cuidando, tá? E conte com a gente para trilhar a jornada do autoconhecimento <3
conteúdo revisado pela ginecologista:
Dra. Thamyse Dassie. CRM: 162.720
Instagram: @drathamysedassie
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