o feminismo é para todo mundo?

Desenho de pessoas de costas se abraçando

Antes de mergulhar na pergunta do título, trazemos uma certeza: o feminismo é — ou pelo menos deveria ser — para todas as mulheres. E quando afirmamos isso, estamos querendo dizer que os direitos pelos quais lutam as feministas deveria abraçar toda e qualquer mulher, independente de cor, raça, orientação sexual, religião, posicionamento político. Com essa abertura fincada, é hora de responder à indagação: mas, e aí, o feminismo é para todo mundo?

Para uma das mais importantes feministas da atualidade, sim. Em um dos seus livros mais importantes, bell hooks defende o compromisso do feminismo contra o sexismo, a exploração sexista e qualquer forma de opressão. A ativista, eleita como uma das principais intelectuais norte-americanas pela revista Atlantic Monthly e uma das 100 Pessoas Visionárias que Podem Mudar sua Vida, pela revista Utne Reader, incentiva os leitores a descobrirem como o feminismo pode tocar e mudar para melhor a vida de todo mundo. Você não leu errado não. É de todo o mundo mesmo.

Considerado por muitos uma verdadeira bíblia do movimento, seu O feminismo é para todo mundo — políticas arrebatadoras chegou ao Brasil em 2019, com um imenso atraso depois de 18 anos de publicação. Mas antes tarde do que mais tarde, né, amigas? :)

“Feministas são formadas, não nascem feministas”

Escrito de maneira didática para os não iniciados nos feminismos, a obra de 175 páginas é uma leitura imprescindível para entendermos as relações entre gênero, raça e classe. No livro, hooks relembra que o movimento não é sobre ser anti-homem, mas sobre o combate do sexismo que fere física, financeira e psicologicamente a vida de todas as mulheres, em diferentes proporções. Durante os 19 capítulos, percorremos — numa linguagem acessível bem diferente dos academicismo padrão em textos do tipo — um panorama sobre políticas feministas, casamento, trabalho, sororidade, lesbianismo — e até sobre espiritualidade. Desde quem entende pouco sobre o assunto até quem tem um vasto conhecimento do tema: bell hooks compartilha o que sabe (e que é muito!) na esperança de que mais mulheres se reconheçam e se tornem feministas.

Nascida nos Estados Unidos, a escritora, ativista e crítica cultural foi batizada Gloria Jean Watkins, mas adotou o nome “bell hooks” — em minúsculas mesmo porque defende que o conteúdo de seus livros é o que há de mais importante — em homenagem à avó paterna, de origem indígena. hooks também frisa a grafia de feminismos, no plural, em vez de feminismo, porque acredita na pluralidade do movimento.

Das grandes lições dessa obra-prima sem tirar nem pôr, pinçamos três, para incentivar você por aí a mergulhar de cabeça nessa leitura:

_ expandir o olhar, conviver com o diferente

A maioria de nós, verdade seja dita, ainda se encerra em bolhas, né? bell hooks defende que precisamos socializar para além dos muros que criamos. E com isso, a autora levanta uma bandeira importantíssima: é preciso olhar para os feminismos com um olhar interseccional. Muitas feministas brancas reconhecem a questão da raça como estruturante do movimento, mas é preciso ir além da teoria e começar, enfim, a prática, incentivando cada vez mais as interações antirracistas.

_ se há dominação, não há amor

Para conhecer o amor, seja homem ou mulher, é preciso, pelo menos, flertar com feminismo (a gente defende um relacionamento seríssimo, mas tudo tem de começar de algum lugar, né?).

Isso porque, segundo bell hooks, se quisermos construir uma relação baseada em afeto — e não fincada em cima do ideal romântico de amor, que submete e doméstica mulheres à dominação masculina — é imprescindível que olhemos para a liberdade e a igualdade propostas pelos feminismos. Só assim é possível construir uma relação de realização e contentamento para todos os envolvidos.

_ um feminismo para as massas

hooks diz que a teoria feminista se escondeu das massas e foi se refugiar nas academias. Por isso, se queremos de fato uma teoria com aplicação prática possível e com mudanças estruturais, é preciso enviar o feminismo de volta às massas. A discussão precisa, defende, ser popular e acessível.

Por fim, a escritora ainda recomenda que seu livro seja esmiuçado, resenhado, debatido, dado de presente (uma boca dica para qualquer amigo secreto do ano!), vire bibliografia de cursos. Por aqui, a gente reforça muitíssimo esse coro. É a obra perfeita para aquele Clube do Livro que você e suas amigas sempre quiseram fazer, sabe? A hora é agora :)


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